Aterosclerose

Aterosclerose afeta as artérias e aumenta o risco para infarto do miocárdio

As artérias são responsáveis pela distribuição de sangue e pela regulação de sua oferta conforme a demanda por oxigênio. Quando fazemos exercício ou quando precisamos apertar o passo para conseguir alcançar o ônibus, as artérias dilatam para permitir maior oferta de sangue e oxigênio aos músculos, incluindo o coração. As artérias que levam sangue para o músculo do coração (ou miocárdio) são as coronárias, e são estas que estão relacionadas ao infarto agudo do miocárdio.

Imagem Aterosclerose

A aterosclerose deixa as artérias doentes por alteração de sua composição e funcionamento. Ocorre formação de placas que, entre outras coisas, apresentam células de gordura que podem “crescer” a ponto de “entupir” a artéria ou seja, formar uma barreira para a passagem do sangue. Por isso é importante controlar o colesterol alto no sangue. Em uma situação de stress (exercício, subir ladeira, subir escadas ou correr para pegar o ônibus) o músculo do coração recebe menos sangue do que o necessário para esta situação e sofre isquemia, que é o primeiro sinal de maior risco para ocorrer um infarto do miocárdio. É importante estar atento aos sinais de “isquemia” ou “sofrimento” do coração: dor no peito ou “angina”, falta de ar, tontura, aperto na região da garganta ou no tórax, dor no peito que “espalha” para os braços, dor no estômago associado a náusea e suor frio… são alguns sintomas que merecem investigação pelo cardiologista.

Alguns exames podem identificar precocemente situações de maior risco para infarto ou morte relacionada ao infarto. O ecostress, teste ergométrico e a cintilografia do miocárdio são alguns deles. Veja o texto sobre o ecostress.

Por outro lado, outros fatores afetam o funcionamento das artérias sem necessariamente criar as placas. Mesmo com os exames de “stress ou esforço” normais, é importante cuidar dos chamados “fatores de risco cardiovasculares”, uma vez que afetam a função dos vasos, principalmente a capacidade de “vasodilatação”, como citada no começo do texto. São fatores de risco cardiovascular o tabagismo, a pressão alta (ou hipertensão arterial sistêmica), diabetes mellitus (tipo 1, tipo 2 ou outros), colesterol alto (hiperlipidemia ou dislipidemia), triglicérides altas (hipertrigliceridemia), gota (hiperuricemia) e antecedente familiar de infarto em familiar de 1o grau em idade precoce (homens com menos de 40 anos ou mulheres com menos de 50 anos). Se você tem algum fator de risco cardiovascular é importante manter acompanhamento médico regular para reduzir seus riscos de complicações cardíacas.

Sheila T. K. Medorima
Cardiologia RQE 48560

Graduação em Medicina pela UNICAMP

Residência em Clínica Médica pela UNICAMP

Imagem Dra. Sheila T. K. Medorima

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